Não quero ser um ignorante.
Por Selena
Minha maior prioridade hoje é ver a calçada da fama. Não só
por ser um dos maiores pontos turísticos de L.A., mas também por ser um “ponto
de encontro” paras as três das minhas maiores divas.
Marilyn
Monroe, Audrey Hepburn e Judy Garland.
Conhecidas não só pelos seus filmes, mas pelo simbolismo da
sexualidade e beleza feminina. Eram piriguetes, na verdade, mas eu me inspiro e
as devoto. Sou realmente uma grande fã de filmes antigos.
Estamos quase no meado do outono e venta muito, mas o sol
continua forte.
Fomos andando e aproveitando a vista pela cidade. Sempre que
passávamos por um lugar interessante com uma historia interessante, Dylan nos
dizia coisas a seu respeito. Curiosamente perguntei a ele:
— Você não é australiano?
Dylan coçou o queixo e deu de ombros.
— Sim, mas mudei pra cá com a minha mãe há uns três anos; e,
além do mais, gosto de me informar e saber sobre as coisas. Não quero ser um
ignorante.
É totalmente vergonhoso um total estranho, CARA ELE NEM
DESTE CONTINENTE É, saber mais coisas de um país do que a própria nativa.
Um a zero para mim.
O lugar estava completamente cheio, na maioria turistas,
tive que me espremer para conseguir passar por toda aquela gente e chegar aonde
queria. Logo em seguida encontrei a estrela da Judy. Me perdi da Demi e do
Dylan, mas foda-se.
Ela havia tocado aqui, ela foi prestigiada por seu talento
aqui. Suas digitais e de outros milhares de pessoas estavam aqui. Ok, não sou
obcecada. Sou apenas uma fã admirada.
Peguei o celular e tirei várias fotos, mas logo fui
interrompida e puxada para longe.
— Pensei que nunca ia achar você. — Demi disse um pouco sem
fôlego.
— Só estava tirando algumas fotos.
— É. Eu estava olhando a estrela do Johnny Depp e minha mão
se encaixou direitinho. Será que sou uma reencarnação dele? — Demi perguntou
totalmente extasiada. Ela é completamente apaixonada por ele.
— Como você seria uma reencarnação se ele ainda está vivo?
— Ah, é verdade. — ela disse se tocando da realidade, nós
rimos.
***
— Gostaria de leva-las até *Mount Lee, mas confiem em mim, a
vista é bem melhor a noite. Podemos voltar outro dia, sem tantos turistas. Vai
ser mais legal. Não dar para ver tudo hoje, mas quanto tempo ficarão aqui?
— Três meses. —
respondi em disparada.
— Temos bastante tempo então.
Quase que ironicamente paramos em frente a um salão. Noite
passada Demi havia dito que pintaria o cabelo de uma cor extravagante para me
provar, mas eu sei que é para provar a si mesma, de que não é grilada. Resolvi
provocar.
— Demi querida... — ela revirou os olhos, provavelmente
pensou “ai vem merda”. — Que tal cumprir o que prometeu?!
— O que você está dizendo? — ela sempre foi lerda assim...
— Você não prometeu que pintaria o cabelo?
— Eu não prometi nada, você que...
— Dylan, a Demi não ficaria maravilhosa com o cabelo azul? —
não a deixei terminar de falar, não tenho paciência para isso.
— Claro. — ele disse rindo um pouco. Já vi que vamos nos dar
muito bem.
— Você prometeu. — falei dando de ombros. A fiz bufar
irritada, mas ela quer isso, só está um pouco grilada.
— Tudo bem! Eu pinto! — rendeu-se e entrou no estabelecimento.
***
Peguei um maço de cigarros de dentro do bolso e comecei a
tragar tranquilamente um deles. Demetria ainda estava lá dentro, mordendo o
lábio inferior, nervosa e ansiosa. Dylan estava lá fora comigo, não
conversamos, mas ele não parava de encarar o cigarro que tenho na boca.
— Por que vieram para cá? — ele perguntou finalmente.
— Mamãe foi fazer um estagio na África e parece que eu
andava causando problemas demais. — disse simplesmente, terminei o cigarro e
joguei-o no chão.
— Hum... Não acho que garotas bonitas deveriam fumar.
— Você me acha bonita? — desafiei.
— Você não? — perguntou de volta. — Mas você fuma mesmo?
— Você não? — arquei a sobrancelha direita.
— Sou um garoto asmático. Eu nem deveria estar perto de você
agora!
— Sinto muito por você. — falei pouco me ligando para seus
problemas respiratórios. Encostei meu corpo na parede, a temperatura baixava um
pouco.
— Eu li um livro em que uma garota fumava para caralho e
sabe qual foi o destino dela? — Dylan disse isso com tamanha intensidade que eu
obrigatoriamente comecei a prestar atenção na conversa. Neguei com a
cabeça e ele disso com um suspiro... — ela terminou morta.
Eu estava dormindo e acordei de repente com um barulho. O barulho que
me acordara era, na verdade, gritos da mamãe e ela colocava em desespero as
roupas e os pertences do papai em uma sacola. Ele não parecia abalado ou
triste, somente assistia a cena, como eu.
Quando terminou, ela
se aproximou dele sussurrando algo inaudível e entregou a sacola. Eu me intrometi e
perguntei:
— O que está
acontecendo? — nenhum dos dois me respondeu.
Papai seguia em
direção à porta, fui correndo atrás dele, desci as escadas desesperada, sempre
gritando:
— Papai! Papai!
Ele nem virava as
costas.
— Por favor!
Comecei a chorar,
afinal era uma garotinha, havia completado 12 anos há dois dias.
A porta foi fechada e
eu fiquei me perguntando como Demi não acordou também. A luz foi apagada e eu fiquei
sozinha chorando.
— Não pode ser. —, apertei o pingente de fênix em meu
pescoço. — Papai, volte, por favor.
Mas ele não voltou.
Abri meus olhos e a claridade me incomodou. Maravilha!
Estava viajando com essas recordações ridículas.
Dylan não estava mais ao meu lado. Olhei pela janela de
vidro do salão e ele estava com Demi. Eles já haviam finalizado. E quando a vi
com aquele cabelo só consegui dizer;
— Ai meu deus!
*Letreiro de Hollywood.
Oi gente, desculpem por não ter explorado bem a parte de Hollywood, foi difícil escrever deem um crédito haha'
Eu gostei 60% deste capítulo, but ok... Espero que gostem, prometo não demorar. Tenho que aproveitar enquanto as aulas não começam (dia 4 de fevereiro, estou chorando aqui). Beeijos!
audrey <3333333